Sunday, May 1, 2011

PEUGEOT 408 - BEM ARMADO PARA O CONFLITO ENTRE OS SEDÃS MÉDIOS

Espaço, tecnologia, rodar confortável e boa dirigibilidade são as principais armas do 408 para brigar em um dos segmentos mais concorridos do Brasil, o de sedãs médios. Feito na Argentina, o Peugeot já está à vendas nas concessionárias da marca como uma grande evolução ante o 307 Sedan, seu antecessor. Está disponível em três versões, Allure (R$ 59.500), Feline (R$ 74.900) e Griffe (R$ 79.900). Para todas, o motor é o já conhecido 2.0 flex de até 151 cavalos de potência.

Quem comprar o 408 até 30 de junho terá as três primeiras revisões de graça, desde que os serviços não ultrapassem o que está previsto no plano de manutenção do carro. O benefício inclui mão de obra e insumos (como lubrificantes e filtros) para as revisões de um ano ou 10.000 km, dois anos ou 20.000 km e três anos ou 30.000 km.

Itens de série

Além dos itens básicos de conforto como trio elétrico, a versão Griffe possui ar-condicionado digital dual-zone, seis airbags, ABS com ESP e ASR, sensores de chuva e crepuscular, sensor de estacionamento, faróis de xenônio direcionais, teto solar, GPS com tela retrátil e mais alguns.

Carroceria e vida a bordo

Com visual conservador, a carroceria tem vincos nas laterais marcantes e assimétricos, que dão um ar de sofisticação e movimento. Ao contrário do 307, o porta-malas do 408 casa muito bem com o restante da carroceria. Há repetidores de seta nas hastes dos retrovisores e rodas de liga leve aro 17.

Na dianteira, o clássico leão ronda o alto do grande pára-choque, que envolve os faróis verticais os quais sobem em direção à cabine. Abaixo, a grade com três barras cromadas fica no meio dos faróis de neblina. Na traseira, as lanternas com três seções verticais são destaque, e a saída dupla de escapamento tem borda cromada, dando um toque esportivo ao conjunto.

O espaço interno também é mais amplo que o de seu antecessor, com porta-malas que leva até 526 litros. Os materiais usados no acabamento são de boa qualidade, e os bancos são confortáveis, mas o revestimento em couro sintético apresenta algumas irregularidades na costura.

Há ainda pára-brisa com tratamento acústico, pedais de alumínio e retrovisor eletrocrômico. O painel tem desing harmonioso e linhas suaves, com a tela retrátil do GPS no alto do painel. Os mostradores com fundo branco são bem iluminados rendendo boa visualização.

Comportamento ao rodar

Sua suspensão tem calibragem voltada à condução esportiva. E, embora o carro tenha suspensão firme, seu rodar em ruas irregulares é bem confortável. Ao fazer curvas, o 408 passa boa sensação de segurança, e a direção eletro-hidráulica é bem leve para fazer manobras, e vai ganhando firmeza à medida que a velocidade aumenta.

O câmbio automático de quatro velocidades é a grande falha do modelo, herdado do 307 com algumas alterações. De série nas versões Feline e Griffe e opcional na Allure, que tem câmbio manual de cinco marchas, a transmissão limita as respostas do bom propulsor, de 151 cv. Ele é lento ao fazer as trocas e força demais o motor quando se pisa fundo no acelerador. Além disso, nas reduções o giro cai muito.

Veredicto

Completo e com bom preço, o 408 promete uma boa briga neste seguimento tão renovado do nosso mercado. Mas peca, e muito, na relação entre motor e câmbio (automático), uma pena para carro deste seguimento.

*Este texto foi dirigido à versão topo de linha, Griffe.

Ficha técnica

Motor:

Dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 valvulas, 1997 cm³, flex.

Potência: 151/143 cv a 6000/6250 rpm

Torque: 22/20 mkgf a 4000 rpm

Diâmetro x curso: 85 x 88 mm

Taxa de compressão: 10,8:1

Câmbio:

Automático, seqüencial / 4 marchas / tração dianteira

Direção:

Eletro-hidráulica / 2,7 voltas

Suspensão:

Dianteira: independente, McPherson

Traseira: independente, eixo de torção

Freios:

Disco ventilado (diant.) / disco sólido (trás.)

Pneus:

225/45 R17

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