Tuesday, November 29, 2011

Teksid anuncia nova liga antialumínio

Paulo Ricardo Braga, AB
http://www.automotivebusiness.com.br/
A Teksid brasileira encontrou nova fórmula exclusiva, em nível global, para convencer os fabricantes de powertrain a utilizar ferro na construção de blocos de motores mais eficientes. Nesta segunda-feira, 28, a empresa de Betim, MG, antecipou a Automotive Business a homologação da liga High Performance Iron (HPI) para propulsores Otto. Com maior resistência mecânica, a liga desenvolvida inicialmente para o segmento diesel permite projetar componentes até 20% mais leves em relação ao ferro cinzento e elimina a principal vantagem do alumínio destacada na aplicação em motores, o baixo peso. Raniero Cucchiari, gerente comercial para o Mercosul (foto), garante que o investimento será vantajoso. "O material ganha importância em downsizing de motores, assegurando maior potência específica por cilindro", enfatiza.

A subsidiária da Teksid no México, com capacidade para 90 mil t/ano de fundidos (a brasileira chega a 300 mil t/ano) deve produzir dois blocos diesel com HPI a partir de 2014 ou 2015, absorvendo 10 mil t/ano. A unidade, que ganhou maior responsabilidade no suprimento do mercado internacional, se beneficia com a expressiva recuperação do mercado norte-americano de caminhões e comerciais leves.

A operação brasileira superou as expectativas nas exportações deste ano, de 65 mil toneladas, contra as 53 mil de 2010. As projeções indicam estabilidade nas vendas internacionais em 2012. As vendas de blocos de motores Otto para a América do Norte estão restritas ao motor EVO 1.4 construído em Michigan, para o Fiat 500.

Raniero estima que a fábrica de Betim processará este ano 261 mil t de ferro fundido (6,5% sobre as 245 mil t de 2010) na fabricação de blocos, cabeçotes, virabrequins, pontas de eixos e outros produtos automotivos, somando mais de duas centenas de componentes para automóveis, comerciais leves, veículos comerciais e máquinas agrícolas, utilizando ferro e alumínio.

O crescimento em 2011 decorre do maior volume nas vendas internacionais e do desempenho do mercado doméstico. As compras antecipadas de caminhões P7 foram menores que as previsões, mas houve formação de estoques expressivos. Para 2012, a Teksid projeta volume equivalente ao deste ano no segmento diesel ou no máximo uma evolução de 2% a 5%. "Praticamente todo mundo estará em férias em janeiro", lembra.

Na área de Otto a previsão é de avanço em ritmo moderado. A Teksid vem sendo procurada pelos fabricantes de veículos com interesse em se estabelecer no País, mas já sabe que no primeiro momento a produção será alimentada por motores importados.

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