
Para comemorar os 60 anos de sua fundação, o BMW Car Club da
Grã-Bretanha irá realizar em Silverstone o primeiro Z-Fest do Reino
Unido. Os mais entendidos da marca bávara já sabem que o evento, que já
teve edições em outros países, celebra os famosos Zed-Cars – a linha de
roadsters que começou em 1986, com o inusitado Z1, e se tornou uma
icônica classe de esportivos do duplo-rim. Recapitulação em um clique.

O “Z” do Z1 significa Zukunft – “futuro” em alemão. O
roadster trazia algumas soluções inusitadas, como a carroceria de
plástico que podia ser removida do chassi (na verdade o carro podia ser
dirigido normalmente sem ela) e as famosas portas escamoteáveis, que se
escondiam no batente. O carro foi apresentado à imprensa em 1986 e
lançado oficialmente no ano seguinte, no Salão de Frankfurt. No entanto
sua vida foi curta, e a produção foi encerrada em 1988, com 8.000
unidades produzidas. Um dos mais exóticos e inusitados BMW da história.

Só em 1996 os bávaros teriam outro roadster em sua linha. O Z3 era um
carro mais tradicional, com números de produção bem maiores, motores de
quatro a seis cilindros em linha e versões para todos os gostos. O Z3
também deu origem a um dos BMW mais emblemáticos: o M Coupe, conhecido
como “Clownshoe” (sapato de palhaço) devido a seu formato shooting-brake, e que apesar de estranho andava que era uma beleza. Na verdade houve também uma versão cupê sem o badge M, não tão potente.

O sucessor do Z3 veio em 2002. O Z4 tinha um rosto meio esturricado e
seguia a mesma receita do Z3, porém com uma nova plataforma (E85) no
lugar da antiga E36, e também teve sua versão cupê. Em 2009 o Z4 passou
para a geração, sobre outra plataforma (E89), subindo de categoria e
abandonando os motores quatro-cilindros.

O Z8 é um caso à parte. Foi concebido como um conceito que
homenageava o BMW 507 (até mesmo seu nome, Z07, era uma homenagem ao
clássico), porém, com sua ótima recepção no Salão de Tóquio de 1997, a
BMW decidiu produzi-lo em série.

O modelo recebeu o código E52, e trouxe uma plataforma totalmente
nova. Era movido por um motor V8 de 4.9 litros que gerava 405 cv e 51
kgfm de torque, o que garantia que fosse de 0 a 96 km/h em 4,2 segundos,
com máxima limitada a 250 km/h. Elegante e com uma aura vintage, o
carro fez muito sucesso, especialmente depois de ser a máquina de James
Bond no filme 007: O Mundo Não É O Bastante. Foi também
bastante elogiado pela imprensa especializada na época (menos por Jeremy
Clarkson, que não se conformou com a crise de identidade do Z8 – é um
roadster ou um supercarro?). Esteve em linha de 1999 a 2003, com direito
a série especial felta pela Alpina no último ano.
Como parte da programação do Silverstone Classic
2012, o Z-Fest está marcado para os dias 20 a 22 de julho, trazendo a
promessa de reunir representantes de todas as gerações dos carros Z: Z1,
Z3, Z4, o supercarro Z8, e outros antecessores mais raros.
“Queríamos realizar algo espetacular para marcar nosso aniversário, e
ter como local para o primeiro Z-Fest do Reino Unido o maior festival
de automobilismo clássico com certeza honra esse objetivo”, diz o
diretor do BMW Car Club GB Steve Miller. E ele tem motivos para
acreditar nisso.

Não é a primeira vez que acontece um encontro do tipo em Silverstone.
No ano passado um grande número de Zed-Cars se reuniu no evento, além
de alguns bimmers das antigas que também marcaram presença – como os 507
da foto acima.
Existem mais de 50 mil ‘Zeds’ no país e espera-se que mais de 500
deles participem dos três dias do evento. O dia 21 é o mais importante,
quando todos os carros darão uma volta no circuito de Silverstone frente
a milhares de espectadores. O evento perfeito para nos lembrar que nem
só da letra M vivem os bávaros…
Fonte: jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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