O Grupo Fiat-Chrysler fechou o ano de 2011 com receitas de 59,6 bilhões de euros, um crescimento de 66% em relação ao ano de 2010, quando as operações automotivas do grupo não incluíam a Chrysler. O lucro da gestão ordinária foi de 2,4 bilhões de euros, apesar das condições atípicas de mercado, que esteve particularmente fraco na Europa no segundo semestre do ano. A margem comercial do grupo alcançou 4% e o lucro líquido foi de 1,7 bilhões de euros. A dívida industrial líquida foi reduzida para 5,5 bilhões de euros e a liquidez total atingiu 20,7 bilhões de euros, bem acima da meta. A produção total das empresas do grupo somaram cerca de 4 milhões de veículos. O comunicado dos resultados foi divulgado hoje na sede do grupo em Turim, na Itália.
Receitas por setor
As receitas totais atingiram 59,6 bilhões de euros, com alta de 66% em relação a 2010 e tiveram acréscimo em todos os setores, com destaque para as marcas de luxo e de veículos esportivos.
• Fiat Group Automobiles (FGA, que inclui a Fiat Automóveis no Brasil) registrou receitas de aproximadamente 28 bilhões de euros, com vendas de 2.032.900 automóveis e comerciais leves vendidos (-2,4% em comparação com o ano anterior). O crescimento de 7,6% na venda de comerciais leves no ano compensou apenas parcialmente a queda de 4,6% na venda de automóveis, impactada pela contínua fraca demanda na Itália. Registrou-se o volume recorde de 772.700 veículos no Brasil, representando um aumento de 1,5% sobre 2010.
• Chrysler contribuiu para o resultado com receitas de 23,6 bilhões de euros nos sete meses entre junho e dezembro, com vendas mundiais de dois milhões de unidades ao longo do ano, um crescimento de 26% em relação ao ano anterior.
• As marcas de luxo e esportivas (Ferrari e Maserati) registraram crescimento significativo, especialmente a Ferrari, que fechou o ano com receitas de 2,3 bilhões de euros, um aumento de 17,3% em relação ao ano anterior. As receitas da Maserati atingiram 588 milhões de euros, resultado alinhado com 2010.
• O setor de componentes e sistemas de produção realizou receitas de aproximadamente 12 bilhões de euros, com um aumento de 10,1% em relação a 2010. Todos os negócios apresentaram sólido crescimento, com destaque para Magneti Marelli, com crescimento de 8,5% em suas receitas, que atingiram 5,9 bilhões de euros.
Lucro da gestão ordinária por setor
O lucro da gestão ordinária atingiu 2,392 bilhões de euros, com uma margem de 4%. Excluindo a Chrysler, o lucro da gestão ordinária foi de 1,047 bilhão de euros (1,1 bilhão de euros em 2010), com margem de 2,8% sobre as receitas (3,1% no ano anterior).
• Fiat Group Automobiles atingiu um resultado da gestão ordinária de 430 milhões de euros (607 milhões de euros em 2010). A maior eficiência na produção compensou apenas parcialmente o impacto na queda de volumes na Europa , os investimentos em publicidade relacionados aos novos modelos e os maiores custos de Pesquisa & Desenvolvimento para os próximos lançamentos de modelos.
• As marcas de luxo e esportivas foram beneficiadas por maiores volumes. Ferrari registrou lucro de 312 milhões de euros (303 milhões em 2010) enquanto Maseratti cresceu 67% com lucro da gestão ordinária de 40 milhões de euros.
• O lucro anual da gestão ordinária dos negócios de Componentes e Sistemas de Produção foi de 348 milhões de euros (um crescimento de 40% sobre 2010), com Magneti Marelli praticamente dobrando seus resultados com lucro de 181 milhões de euros contra 98 milhões de euros no ano anterior.
Perspectivas para 2012
Fiat-Chrysler permanece totalmente comprometida com a direção estratégica definida nos planos quinquenais delineados em novembro de 2009 para a Chrysler e abril de 2010 para a Fiat. Tendo revisto as condições econômicas e comerciais nas quatro regiões operacionais que englobam suas atividades, o Grupo Fiat-Chrysler confirma as expectativas de desempenho na América do Norte, América Latina e Ásia-Pacífico.
Como consequência do nível de incerteza sobre a atividade econômica na Zona do Euro, o Grupo formulou seus objetivos em faixas de desempenho, proporcionais à evolução da situação econômica europeia. Assim, o Grupo projeta receitas acima dos 77 bilhões de euros, lucro da gestão ordinária entre 3,8 e 4,5 bilhões de euros, lucro líquido entre 1,2 e 1,5 bilhão de euros e endividamento líquido entre 5,5 e 6 bilhões de euros.
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